terça-feira, 30 de novembro de 2010
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
HOMOFOBIA É HIPÓTESE DE ASSASSINATO EM JACAREÍ

Na noite da última terça-feira (23) um homem foi morto com 12 tiros, em uma rua do bairro Jardim Nova Esperança, perto de onde morava, em Jacareí, SP. Ele retornava para casa depois de participar de uma entrevista de emprego e falava com um amigo pelo celular quando foi atingido. A polícia investiga se o assassinato foi motivado por homofobia, um crime de ódio, motivado pela orientação sexual da vítima.
A vítima Iranilson Nunes da Silva, de 38 anos, era ativista na ONG Revida, de Jacareí, que defende os direitos dos homossexuais. Uma de suas últimas atividades que fez com o grupo foi a marcha, em Brasília, pela aprovação da lei que pune crimes contra homossexuais. Luiz Moresi presidente da ONG lamentou o crime: “É mais um homossexual que é assassinado no Brasil”, lamentou.
No muro de uma casa da rua ficaram as marcas de sete tiros. O delegado Luiz Antônio Santos, que investiga o caso, disse que Iranilson estava recebendo ameaças por mensagens de texto no celular. E que há quatro dias ele e o amigo haviam registrado boletim de ocorrência. A polícia investiga o motivo do crime, a principal hipótese até o momento é homofobia. “Estamos investigando todas as linhas. Uma delas é a de homofobia. Mas não nos parece num primeiro instante a linha mais correta. A segunda linha de investigação é uma eventual briga por relacionamentos e as demais também não estão descartadas”, explicou o delegado.
Infelizmente é mais um que parte nesta nossa guerra diária pelos direitos LGBTT.
Descanse em paz Iranilson e força a todo o grupo Revida de Jacareí.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Festa LGBT
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
omofóbicos atacam diretor de série gay em Salvador e o obrigam a beber gasolina
Por Welton Trindade em 23.11.2010 : : 15h11O diretor e roteirista de série gay “Apenas Heróis”, Daniel Sena, foi mais uma vítima da violência homofóbica. No domingo 21 ele foi atacado próximo a sua residência, em Salvador, por três homens. Levado por estes a um matagal, ele ouviu insultos como “viadinho” e “gay de merda”, além de ter sido obrigado a comer terra e beber gasolina.
Os agressores ameaçaram introduzir um pedaço de ferro no ânus de Sena, perguntando como ele tem coragem de continuar a escrever e dirigir um trabalho como a série. Sena foi socorrido por um caminhoneiro que passava pelo local. A violência contra homossexuais no Brasil parece estar distante de acabar.
Buenos Aires realiza quarta edição de festival de tango homossexual
A edição 2010 do festival, que tem a cidade de Berlim como convidada de honra, foi declarada de “interesse cultural" peloMinistério argentino de Cultura e elogiada pelo Instituto Nacional contra a Discriminação e a prefeitura de Buenos Aires.
O festival busca construir uma comunidade tangueira mais aberta, com lugar para novas formas de representação que são as que mantêm vivas e em movimento nossa música e nossa dança, disseram os organizadores do evento em comunicado.
Durante o festival, que vai até domingo, o público poderá participar de milongas, shows, apresentações de orquestras, exposições, uma apresentação de teatro e aulas com famosos professores argentinos em vários locais de Buenos Aires.
Além de ser a meca do tango no mundo, Buenos Aires tornou-se um destino namoda para os homossexuais.
Em 21 de julho, a Argentina tornou-se o primeiro país da América Latina e o décimo do mundo a legalizar nacionalmente o casamento entre parceiros do mesmo sexo.
ssassinatos motivados por homofobia serão debatidos hoje em seminário
A cada dois dias, em média, um homossexual é assassinado no Brasil. Os dados constam no mais recente Relatório Anual de Assassinatos de Homossexuais (LGBT), produzido pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), apresentado em março passado.
Entre 2008 e 2009 foram registradas 387 mortes com possível motivação homofóbica entre a população LGBT brasileira. Em relação ao biênio 2006-2007, os registros indicam um incremento de 54% neste tipo de crime. A realidade da violência contra homossexuais, travestis e transsexuais, porém, é bem mais dura, por conta da subotificação dos crimes, dizem os militantes dos direitos LGBT.
Esse é o contexto do seminário "Assassinatos praticados contra a população LGBT", promovido conjuntamente pelas comissões de Direitos Humanos e Minorias e Legislação Participativa da Câmara dos Deputados.
O seminário acontecerá nesta quarta-feira (24), a partir das 14h, no plenário 9 do Anexo 2 da Câmara, e será transmitido ao vivo pela Internet (www.camara.gov.br/cdh - link "Ao Vivo").
A iniciativa do seminário é da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), proposta acolhida pelas comissões e pela Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT.
Para a deputada Iriny Lopes (PT-ES), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, o seminário ocorre num momento oportuno e deve fomentar a reflexão na sociedade. "Infelizmente, estamos observando um aumento da violência contra a população LGBT e é importante que o conjunto da sociedade brasileira reflita sobre isso. Creio que o seminário pode contribuir com esse objetivo e espero que possamos avançar na aprovação de leis e no fortalecimento de instituições que coibam este tipo de violência", declarou a parlamentar.
Casos emblemáticos - Alguns casos considerados emblemáticos serão debatidos no seminário, como o assassinato do adolescente Alexandre Ivo Rajão e a agressão sofrida pelo estudante Douglas Igor Marques, ferido por um tiro disparado por um sargento do Exército, em episódio após a 15ª Parada do Orgulho Gay do Rio de Janeiro, realizada em Copacabana, no último dia 14.
Angélica Ivo, mãe de Alexandre, morto no município de São Gonçalo(RJ), em maio passado, fará um depoimento durante o seminário. "Antes do crime cometido contra o meu filho, eu e minha família não conhecíamos a enorme dimensão que esse problema tem. Nossa sociedade é hipócrita e a questão da religião e da nossa formação enquanto país influenciam demais isso. Esses crimes acontecem com frequência e continuarão acontecendo enquanto as autoridades não criarem leis e mecanismos que coibam e reprimam tais práticas com rigor", avalia Angélica.
Confira a programação completa do seminário:
Programação:
14h: Abertura
- Dep. Iriny Lopes (PT-ES), Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias
- Dep. Paulo Pimenta (PT-RS), Presidente da Comissão de Legislação Participativa
- Dep. Iran Barbosa (PT-SE), Representante da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT
- Lena Peres, Secretária Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
- Yone Lindgren, Coordenação Política Nacional da Articulação Brasileira de Lésbicas
- Keila Simpson, Vice-Presidente da ABGLT
- Toni Reis, Presidente da ABGLT
15h: Aumento dos Assassinatos praticados contra a população LGBT
Expositores:
- Claúdio Nascimento, Presidente do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT do RJ e Superintendente de Direitos Individuais e Coletivos da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro;
- Osvaldo Francisco Ribas Lobos Fernandez, coordenador da pesquisa "Crimes Homofóbicos no Brasil: Panorama e Erradicação de Assassinatos e Violência Contra LGBT";
- Érico Nascimento, Urbanista, Mestrando em Arquitetura e Urbanismo pela UFBA, Pesquisador Associado ao Nugsex Diadorim;
- Sr. Luiz Mott, antropólogo, historiador, pesquisador, professor emérito do Departamento de Antropologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), fundador do Grupo Gay da Bahia e autor do livro Violação dos Direitos Humanos e Assassinatos de Homossexuais no Brasil.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Por que os gays mandam no pop?
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
domingo, 21 de novembro de 2010
Centenas fazem protesto em SP contra homofobia
“Verás que um filho teu não foge à luta nem teme, quem te adora, a própria morte.” Esses versos são do Hino Nacional, que encerrou o ato realizado no domingo 21, na Avenida Paulista, em São Paulo, contra a violência homofóbica acontecida na região oito dias antes. Entretanto, eles também servem para definir o que foi toda a manifestação.
Mais de 200 pessoas caminharam pela via a partir do Museu de Arte de São Paulo (Masp) até o número 777, um dos pontos onde, no domingo 14, um grupo de jovens atacou homossexuais, um deles quase até a morte (veja aqui). A manifestação, organizada pelo Fórum LGBT de São Paulo, teve como objetivo mostrar que a comunidade arco-íris está em alerta e que irá cobrar punição dos responsáveis pelos atos de violência.
Durante o trajeto, que chegou a fechar algumas faixas da avenida, houve palavras de ordem pela liberdade e também uma forma descontraída de chamar o público: “Ei, você aí parado, você também é do babado”! Casais héteros, drags, malhados, ursos, grupos de amigos, enfim, como em uma parada, o que se viu foi uma diversidade de pessoas.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Organizações LGBT repudiam violência homofóbica e realizam ato na avenida Paulista no dia 21 de novembro
sexta-feira 19 de novembro de 2010, por Fernanda Estima
Entidades e organizações da sociedade civil organizaram abaixo-assinado para manifestar indignação, repúdio e exigir providências aos graves fatos ocorridos na madrugada do dia 14.11.2010, na Avenida Paulista, envolvendo 5 (cinco) jovens adolescentes que agrediram 4 (quatro) vítimas com violência física, e evidente motivação de intolerância homofóbica.
Segundo a imprensa divulgou, os cinco jovens são de classe média, colegas de um colégio particular de um bairro nobre de São Paulo, e foram reconhecidos como responsáveis por três ataques a pessoas que passavam pela região da Avenida Paulista. A polícia investiga se os crimes tiveram motivação homofóbica.
Esta não é a primeira ação violenta de jovens da classe media brasileira, em especial contra pessoas oriundas de grupos discriminados, e usualmente vítimas de intolerância, como os gays, negros, nordestinos, índios etc. Exemplos não nos faltam: morte do índio Galdino, assassinado por jovens ricos e filhos de autoridades públicas de Brasília em 1997; a violência cometida por jovens da Barra da Tijuca, que agrediram fisicamente uma trabalhadora, empregada doméstica, que voltava para casa, e foi confundida com uma “prostituta” (como se para as profissionais do sexo este tratamento violento fosse admitido).
Agora, uma vez mais, no décimo ano da morte por assassinato do adestrador de cães, Edson Neris da Silva, na Praça da República, em 6 de fevereiro de 2000, executado por um grupo delinquente de “skinheads do ABC”, deparamo-nos com este arrastão “chique” no coração econômico da terra cujo povo se autoproclama locomotiva e esteio do Brasil.
Certamente, se o Brasil já tivesse uma legislação que criminalizasse a homofobia, a exemplo de países mais desenvolvidos na defesa e promoção dos direitos humanos, fatos como o ocorrido seriam mais raros, pois a juventude brasileira, em especial a bem educada e privilegiada do ponto de vista econômico, já teria aprendido que homofobia é crime e não pode ser praticada. Mas a inércia e a omissão do Poder Legislativo nos obrigam a continuar lutando para viver com dignidade e exigindo a ação das instituições que devem cumprir e manter a Constituição Federal. As autoridades públicas, Polícia, Poder Judiciário, Ministério Público têm a obrigação de garantir a ordem, a lei e o respeito à Constituição brasileira que, em última instância, proclama como sua razão máxima a garantia dos direitos individuais da pessoa humana.
Sendo assim, o documento ( http://edupiza.blogspot.com/2010/11... ) tem como objetivo chamar atenção das autoridades públicas e do povo de São Paulo e do Brasil, exigindo e cobrando para que este fato não caia no esquecimento, em vista dos agressores terem posição sócio econômica privilegiada. A justiça brasileira tem a obrigação de ser justa e a polícia e o Ministério Público de cumprirem suas funções.
CONSCIÊNCIA NEGRA
RIO DE JANEIRO CEDE A SEDE DO XVX EBGLT PARA SANTO ANDRÉ

A cidade do Rio de Janeiro cedeu à cidade de Santo André, a sede do XVX Encontro Brasileiro de Gays, Lésbicas e Transgêneros em 2011.
Segue a carta abaixo a carta aberta da organizadora no Rio Yone Lindgren:
Rio de Janeiro, 17 de novembro de 2010.
Comunicado de alteração.
Prezadas Pessoas
Vimos por meio deste comunicar que o Estado do Rio de Janeiro que foi escolhido para sediar o XVX EBGLT no ano de 2011, na Cidade do Rio de Janeiro, em vistas de outros trabalhos já assumidos , abrimos mão de Sediar o EBGLT 2011 RJ e dar oportunidade a outra Região. Percebemos a importância de ceder a vaga para o Estado de São Paulo – diretamente a segunda colocada na votação em POA,a Cidade de Santo André indicação da ONG ABCD’S “Ação Brotar pela Cidadania e Diversidade Sexual” Pelo histórico do enfrentamento na Luta contra a Homofobia.
Desta maneira,inicia-se a construção e o despertar do EBGLT que deve vir na construção EBLGT com intuito de resgatar a Luta contra a homofobia,lesbofobia e transfobia, espaço este para para encontramos e contruirmos em conjunto estratégias e focos da unidade do movimento LGBT.
Nós do Movimento D´ELLAS ,ABL -RJ e ABGLT desejamos que todas se envolvam nesta esplêndida construção e convido a todas do Estado de São Paulo em Parceria com a ABCD’S a construir em conjunto com o Forum Paulista LGBT, Conexão, Fórum de Travestis e Transexuais e outros. Na Esfera Federal que fica aberto o convite a ABGLT, ABL, ANTRA,CANDACE,REDE AFRO,LBL,CNT e outras para que participem da continuidade propositiva do nosso histórico de espaço tão precioso.
Já em comum acordo foi confirmado pela Presença do Marcelo Gil a satisfação de receber este evento e congratula a todos por esta oportunidade.
Ficamos Felizes em informar que tem como data prevista para ocorrer 11 a 14 de novembro de 2011. Como mestres de Cerimônia Yone Lindgren, Maite Schneider , Edylenne. Para maiores informações pedimos a gentileza de enviar e-mails para abcds_brasil2005@yahoo.com.br ou marcelogilabc@gmail.com.
Ainda nos cabe informar que nada foi alterado em relação as comissões criadas para colaborar com a organização deste evento ,que irá resgatar o 1o e unico evento de pessoas para pessoas,sem que redes ou partidarismos atropelem nossa celebração!!!
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
ONG Primavera de Sertãozinho

Clique nas fotos para ampliar
Além de vários amigos, a imprensa esteve presente e também alguns vereadores, para deixarem seus apoios à comunidade. Foi uma noite de alegria.
"Hoje é um dia de festa para todos nós, pois demos mais um passo na luta contra o preconceito", comentou o presidente da ONG Rodrigo da Silva Cavalheiro. "É bom lembrar que toda a população está convidada para conhecer o novo espaço e também para conferir um pouco de nosso trabalho, que é muito sério", completou.
É importante lembrar que a ONG Primavera de Sertãozinho tem como finalidade e objetivos principais: a inclusão dos homossexuais, bissexuais, transexuais e transgêneros na sociedade de maneira efetiva, difundido direitos e deveres éticos e sociais; conscientização e prevenção quanto às doenças sexualmente transmissíveis e apoio jurídico e psicológico ao grupo LGBTT de Sertãozinho.
Quem faz parte da diretoria?
A diretoria da ONG Primavera é composta por:
- Presidente: Rodrigo da Silva Cavalheiro
- Vice-presidente: Thiago Peixoto de Oliveira
- 1º secretário: Otaíres Ferreira dos Santos
- 2º secretário: Adriano Silva
- Tesoureiro: Adriano Alves dos Santos
- Secretário de Comunicação: Orlando Mota
- Conselho Fiscal: Renato Francisco Guimarães Torres e Wudson Antônio Corrêa de Medeiros.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Escola Jovem LGBT sofre ataque homofóbico
A Escola Jovem LGBT de Campinas, SP, foi alvo de violência nesta segunda, 08, por volta das 22h. Uma garrafa foi atirada contra a escola. Ninguém foi atingido, felizmente, mas cacos de vidro cobriram as escadas e parte do pátio (foto).
Não foi a primeira vez. Pedras, também jogadas durante a noite, atingiram uma das portas de vidro, trincando um dos painéis.
Homofobia? Para Lohren Beauty, presidente do E-jovem e uma das coordenadoras do Ponto de Cultura, sem sombra de dúvida. "Algumas pessoas têm medo do que é diferente. E, por se tratar de um bairro residencial, talvez isso ameace ainda mais esse tipo de homofóbico," desabafa.
Para o diretor da Escola, Deco Ribeiro, a homofobia é certamente um fator importante - mas não só. "Isso tem cara de molecagem," explica. "Preconceito, sim, mas menos fruto de ódio e mais como auto-afirmação juvenil, o famoso bullying." O horário dos ataques coincide com o horário de saída das aulas de um colégio próximo, que tem aulas noturnas.
Mas providências serão tomadas. A Escola estuda a instalação de câmeras de vigilância e um maior trabalho de conscientização junto aos estudantes do bairro. "É o preço da visibilidade," constata o diretor.
Campinas já foi palco de graves crimes homofóbicos este ano, como a agressão ao jovem Johnatan e o brutal assassinato da travesti Camille. No Brasil, a homofobia mata quase 200 homossexuais e travestis por ano.