quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Parada LGBT 2010 - Sucesso absoluto!


A 4ª Parada LGBT de Sertãozinho foi um sucesso! Estava uma delícia.

A Organização acredita que por todo o trajeto passaram mais de 33 mil pessoas. Mas vamos esperar o número 'oficial' da polícia, que geralmente é sempre menor. Com relação a estrutura, o presidente do Grupo Primavera - Unidade de diversidade - Rodrigo Cavalheiro, arrasou. O palco montado para os shows estava magnífico, lindo, com telas de plasmas e uma mega estrutura de som. Sem contar que nos bastidores havia confortáveis camarins.

Sobre o Dicésar / Dimmy Kieer, que coisa mais fofa. É uma simpatia. Geralmente quando estou trabalhando, acabo não tendo contato com os convidados, por ética profissional, mas dessa vez fui abraçá-lo e agradecer por ter aceito o convite. Atendeu a todos sempre com sorriso e textos hilários. Nas mensagens, deixava claro a importância, o motivo pelo qual estávamos reunidos: para acabar de vez com a hipocrisia, preconceito, homofobia e principalmente, defendermos a cidadania, que anda meio esquecida. Obrigado Di.

Estavam presentes também: Salete Campari e Léo Aquilla. Um adendo: a Salete é uma louca 'do pote', fervidíssima e o Léo, pessoalmente, é lindo. Que pele é aquela, rsss.

As músicas dos tops djs: Jeffy D´Champs, Carlinhos (da Boate Alternativo/RP) e Edson Pride foram um show a parte. Todas super atuais e babadeiras. Quando rolavam um hit mais antigo, as bees cantavam juntas, num coro espetacular. Como disse um amigo: "Foi mágico."

Sobre os boys dançarinos, nem vou comentar. Vocês podem conferir nas fotos. Que delícia... Fizeram tanto sucesso que tinha umas loucas que se rasgavam. E uns loucos também.

A Guarda Municipal esse ano estava totalmente desatenta. Vocês acreditam que não ficou nenhum dando apoio no palco. Simplesmente sumiam. A organização era obrigada a subir no palco, por diversas vezes, para solicitá-los. Pois de vez em quando, tumultuava. Fraquinhos viu. Mas claro que, quando estávamos próximos do fim, todos apareceram. Lembro de estar nos bastidores quando chegaram uns 6 querendo saber a hora do término. Foi eu mesmo que passei o recado, que aquela seria a última música e depois estaria encerrada.

Infelizmente esse ano acabou saindo algumas brigas. Infelizmente, nesse tipo de evento, quando se reunem muitas pessoas, é quase que corriqueiro. Mas uma que foi imperdoável, foi a pancadaria ocorrida entre um 'traveco' e um amigo, que acabou sendo encaminhado à Santa Casa. Quero deixar claro que estou me referindo a ela como 'traveco', porque pra mim pessoas que não possuem postura e nem respeito pelo evento não merecem consideração. A pessoa participa e recebe toda a atenção (apoio, ajuda) que necessita do Grupo Primavera e me dá uma rata dessa. Ridículo. Mas é assim né: aproveita o momento para fazer barraco e dar showzinho a parte, querendo aparecer. Pior que nem sertanezina é. Na minha opinião, pessoas maduras e com classe (postura), sabem sentar e conversar. Ficou muito feio. O menino que acabou indo para a Santa Casa teve alta, por volta das 23h30. A recepcionista do local não me deu mais informações, simplesmente que já havia sido liberado.
E meu agradecimento especial a toda população de Sertãozinho e região que fizeram desse evento uma grande e maravilhosa parada. É emocionante quando nos reportam como a 'melhor' parada do interior de São Paulo. Obrigado!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Igreja evangélica realiza casamento de duas mulheres

Igreja evangélica realiza casamento de duas mulheres

Cercada por polêmicas envolvendo outdoors da Igreja Cristã Contemporânea, a dupla Anne Flores, de 31 anos, e Kédma Costa, de 33, cumpre os últimos preparativos para o casamento gay, marcado para esta terça-feira, mesma data em que a igreja comemora quatro anos de existência. A cerimônia está prevista para começar às 18h, e deve receber mais de mil convidados, em caravanas vindas de Minas Gerais, São Paulo e do interior do Rio. De acordo com Anne, que trabalha como consultora comercial, as duas estão ansiosas para o evento.

— Já está quase tudo pronto, mas queremos mesmo a benção de Deus. Nós duas estaremos com vestidos de noiva. O meu será um tomara-que-caia e o dela, que tem um estilo um pouco mais esportivo, será um pouco mais fechado.

A recepção será mais reservada, apenas para convidados mais íntimos, no terceito andar do Clube Monte Líbano, no Leblon.

Anne e Kédma se conheceram em uma igreja evangélica no Mato Grosso do Sul, onde nasceram, e estão juntas há sete anos. Elas eram amigas e o primeiro beijo aconteceu em uma noite em que estavam lendo a Bíblia.

Por causa da repulsa das religiões com gays, a dupla passou por vários templos. Anne conta que, após um culto evangélico no Rio, a pastora orientou que as duas se separassem:

— Ela disse que nós estávamos endemoniadas e precisávamos de libertação.

Dificuldades e tentativa de suicídio

As duas chegaram a se separar por um tempo devido aos conflitos internos e também envolvendo familiares, que não aceitavam a relação. Em um desses momentos, Kédma, que trabalha como técnica em informática e veio de uma família de pastores do interior do Mato Grosso do Sul, conta que tentou acabar com a própria vida.

— Eu chamei a Anne no meio da noite para tirar da minha frente um canivete que estava no banheiro. Depois que ela me disse que eu a afastava de Deus, fiquei louca — lamentou Kédma.

Foi depois que Anne descobriu, na internet, um site da Igreja Contemporânea, que tem como representantes os pastores casados Fábio Inácio e Marcos Gladstone, que as duas decidiram oficializar a união. Kédma e Anne estão fazendo um curso para pastoras, para que uma nova sede seja aberta em Niterói.